segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Palavras do Santo Padre...



Bento XVI: Não tenhamos medo de combater o mal com Jesus


 Em suas palavras prévias à oração do Ângelus, na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVIexortou aos fiéis a não temerem o enfrentamento contra o espírito do mal, junto a Cristo, “o Vencedor”.
O Santo Padre pediu aos fiéis “que não tenhamos medo de confrontar, também nós, o combate contra o espírito do mal: o importante é que o façamos com Ele, com Cristo, o Vencedor”.
Ao recordar que na quarta-feira passada “com o tradicional Rito das Cinzas, entramos na Quaresma, tempo de conversão e de penitência em preparação à Páscoa”, o Papa assinalou que “a Igreja, que é mãe e mestra, chama todos seus membros a renovar-se no espírito, a reorientar-se decididamente para Deus, renegando o orgulho e o egoísmo para viver no amor”.
“Neste Ano da fé, a Quaresma é um tempo favorável para redescobrir a fé em Deus como apoio de nossa vida e da vida da Igreja. Isto implica sempre uma luta, um combate espiritual, porque o espírito do mal, naturalmente, opõe-se à nossa santificação, e tenta desviar-nos do caminho de Deus”.
Essa é a razão, explicou, pela qual “no primeiro domingo de Quaresma se proclama cada ano o Evangelho das tentações de Jesus no deserto”.
“Jesus, depois de ter recebido ‘investidura’ como Messias – ‘Ungido’ do Espírito Santo – no batismo no Jordão, foi conduzido pelo mesmo Espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo”, recordou o Papa.
Bento XVI sublinhou que “no momento em que inicia seu ministério público, Jesus teve que desmascarar e rechaçar as falsas imagens do Messias que o tentador lhe propunha. Mas estas tentações também são falsas imagens do homem, que em todo tempo insidiam a consciência, disfarçando-se como propostas convincentes e eficazes, e inclusive boas”.
“Os evangelistas Mateus e Lucas apresentam três tentações de Jesus, que se diversificam parcialmente apenas pela ordem. Seu núcleo central consiste sempre em instrumentalizar Deus para os próprios fins, dando mais importância ao êxito ou aos bens materiais”.
O Papa remarcou que “o tentador é falso: não induz diretamente para o mal, mas para um falso bem, fazendo acreditar que as realidades verdadeiras são o poder e o que satisfaz as necessidades primárias”.
“Deste modo, Deus se torna secundário, reduz-se a um meio, em definitiva se faz irreal, não conta mais, desvanece”.
O Santo Padre advertiu que “nas tentações está em jogo a fé, porque Deus está em jogo”.
O Papa assinalou que “nos momentos decisivos da vida, se vemos bem, em todo momento encontramo-nos frente a uma encruzilhada: Queremos seguir a nós mesmos ou a Deus? Ao interesse individual ou ao verdadeiro Bem, o que realmente é bem?”.
Bento XVI assinalou que tal como nos ensinam os Padres da Igreja, as tentações formam parte da ‘descida’ de Jesus à nossa condição humana, ao abismo do pecado e de suas consequências”.
“Um ‘descenso” que Jesus percorreu até o final, até à morte de cruz e até o inferno da extrema distância de Deus”.
Por isso, disse o Papa, Jesus “é a mão que Deus estendeu ao homem, à ovelha perdida, para salvá-la. Como ensina Santo Agostinho, Jesus tomou de nós as tentações, para dar-nos sua vitória”.
Ao concluir o penúltimos ângelus do seu pontificado, o Santo Padre pediu que para estar junto ao Jesus “nos dirijamos à Mãe, Maria: invoquemo-la com confiança filial na hora da prova, e ela nos fará sentir a poderosa presença de seu Filho divino, para rechaçar as tentações com a Palavra de Cristo, e deste modo voltar a colocar Deus no centro de nossa vida”.

Último dia do Santo Padre Papa Bento XVI...





Vaticano transmitirá ao vivo o último dia do pontificado do 

Papa Bento XVI

 O último dia do pontificado do Papa Bento XVI, em 28 de fevereiro, será filmado ao vivo pela televisão. Serão suas últimas horas de permanência no Vaticano antes de partir para Castel Gandolfo. Assim o indicou Monsenhor Edoardo María Viganó, diretor do Centro Televisivo Vaticano (CTV).
Mons. Viganó explicou que o embarque do Papa no helicóptero “será um momento histórico”. E para transmitir ao vivo os momentos da partida a Rádio e Televisão Italiana (RAI) também estão se preparando.
As imagens serão transmitidas aos cinco continentes. O CTV, além disso, terá 26 câmeras para acompanhar o conclave e a apresentação do futuro pontífice.
“Estamos pensando em relatar estes momentos respeitando a pessoa do Papa e informando aos fiéis que querem acompanhar Bento XVI neste momento tão importante”.
As câmeras, portanto, estarão no Palácio Apostólico e acompanharão o Papa até as 17 horas, momento em que o pontífice subirá ao helicóptero para partir para Castel Gandolfo, onde três horas depois entrará em vigor sua renúncia e se iniciará o período de Sede Vacante.
Até que ponto as câmeras conseguirão filmar o Santo Padre sem invadir sua privacidade? Monsenhor Viganó, em declarações à agência de notícias ANSA, indicou que, “os detalhes não estão definidos ainda”, embora queira cobrir o máximo possível, passo a passo.
O diretor do CTV, explicou que no domingo passado pela primeira vez uma câmera entrou no estúdio do Papa durante a oração do Ângelus. Este domingo, “conseguimos filmar Bento XVI por trás”, indicou.
“Conseguimos com as imagens passar a ideia do grande abraço entre o Papa e a multidão reunida na praça de São Pedro”. Além de serem passadas ao vivo, as imagens também estarão disponíveis para distribuição.
O encarregado explicou que se reunirá uma documentação histórica extraordinária sobre o último dia do pontificado que poderá ser utilizada por estudiosos, pesquisadores e documentários das redes televisivas.

Leituras da missa de hoje....


Evangelho (Lucas 6,36-38)

Segunda-Feira, 25 de Fevereiro de 2013
2ª Semana da Quaresma



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 36“Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. 37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Os fortes compreendem e perdoam...
Dos ensinamentos de Jesus, São Lucas retira quatro sentenças e no-las apresenta. Tudo começa depois da proclamação das bem-aventuranças. Nestas, Jesus quer nos ensinar a arte de bem viver entre os homens, pois é por meio dela que o homem viverá na paz, na harmonia e será verdadeiramente semelhante a Deus, seu Criador. Ele terá de aprender de Deus a ter compaixão, misericórdia e, imediatamente, aplicá-la aos seus semelhantes se quiser atrair para si a Misericórdia Divina.
Precisamos aprender de Deus a não julgar e condenar. Aliás, o julgar e condenar são características próprias dos fracos e inconstantes, porque os fortes compreendem e perdoam. Deus, por ser o Sumo Bem, o Todo-Poderoso, o Onisciente, compreende e sabe quais são as nossas limitações. Por isso, Ele nos perdoa todas as vezes que, perdoando os pecados uns dos outros, corremos a Ele pedindo perdão pelos nossos pecados. É o que Lucas, no seu Evangelho, nos propõe. Deus é misericórdia, é perdão, é reconciliação, é compassivo para com os pecadores.
Neste Evangelho, vemos o original ensinamento de Jesus em nos mostrar o rosto misericordioso de Deus. Ainda que os nossos pecados sejam tantos que não os possamos contar, eles não superam a tamanha bondade de Deus.
Num mundo marcado por indiferenças, rivalidades, cheio de excluídos, abandonados, depravação, criminalidade, o desafio é amar até os inimigos. É misericórdia, é confiança nos mais frágeis, partilha, serviço, é amarmo-nos uns aos outros, é perdoando-nos, é não julgar os outros, acolhendo-os, é não condenar, mas repartir o pão com os indigentes. Estes constituem o passaporte do Reino do Céu e a garantia da vida em Deus, com Ele e para Ele.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Leituras da missa de hoje...

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus estava na margem do lago de Genesaré, e a multidão apertava-se ao seu redor para ouvir a palavra de Deus. 
2Jesus viu duas barcas paradas na margem do lago. Os pescadores haviam desembarcado e lavavam as redes.
3Subindo numa das barcas, que era de Simão, pediu que se afastasse um pouco da margem. Depois sentou-se e, da barca, ensinava as multidões. 
4Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca”. 
5Simão respondeu: “Mestre, nós trabalhamos a noite inteira e nada pescamos. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes”. 
6Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam.7Então fizeram sinal aos companheiros da outra barca, para que viessem ajudá-los. Eles vieram, e encheram as duas barcas, a ponto de quase afundarem. 
8Ao ver aquilo, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!”
9É que o espanto se apoderara de Simão e de todos os seus companheiros, por causa da pesca que acabavam de fazer. 
10Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão, também ficaram espantados. Jesus, porém, disse a Simão: “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens”. 
11Então levaram as barcas para a margem, deixaram tudo e seguiram a Jesus.





“Por causa da tua palavra lançarei as redes”. Mas que palavra? E com que autoridade? “Avançai para águas mais profundas, e lançai as vossas redes para a pesca”. Estas palavras foram garantia para que Pedro e os outros apóstolos voltassem a pescar naquele dia, depois de uma noite toda de pesca infrutífera. E continuam sendo ditas para nós hoje.
Para ontem, estas palavras tendo sido cumpridas, fizeram com que os discípulos reconhecessem o poder de Jesus. E hoje? Que mensagem estas palavras trazem para mim e para você? A mensagem desse Evangelho nos motiva a nunca desistirmos e sempre tentarmos novamente. Saber que Jesus está perto e que, na pesca da nossa vida, Ele nos orienta, nos ilumina com o Seu Espírito, é segurança para nunca perdermos a esperança. Ainda que já tenhamos trabalhado a noite inteira e nada conseguimos pescar.
Mesmo que já tenha se exaurido a nossa capacidade de pedir, de suplicar, de esperar por alguma coisa de que necessitamos, “em atenção à Palavra de Jesus”, devemos prosseguir lançando as redes. É esta a mesma Palavra que nos anima, hoje, a avançarmos na nossa vida, na nossa pescaria, na nossa luta em busca de paz, felicidade e vida plena.
“Avançar para águas mais profundas” significa para nós buscar mais conhecimento de Deus, da Sua Lei, dos Seus ensinamentos, dos Seus decretos. Quanto mais mergulharmos no Evangelho, nas Escrituras, mais iremos encontrar respostas para os nossos questionamentos, para as nossas angústias. O homem é um ser criado por Deus com o objetivo de viver a harmonia com Ele e com o próximo, e isso realmente só acontecerá quando ele se jogar nos braços do amor misericordioso de Deus.
Para Pedro, Jesus era o seu Mestre. Mas, diante da pesca milagrosa que não se explica por causas naturais, Pedro descobre que Jesus não é um simples mestre ou profeta comum. Já o vê como seu Senhor, nome reservado exclusivamente a Deus. Foi um grande passo na descoberta da verdadeira identidade de Cristo. A admiração atrai Pedro a Jesus; a consciência de seu estado de pecador afasta-o d’Ele.
Diante do milagre presenciado, a fé de Simão começou a tornar-se uma rocha (pedra). Basta ver que Pedro começou a chamar Jesus de “Senhor” e não só de “Mestre”. Pela fé, Simão é transformado em rochedo, e já se põe o fundamento para a sua vocação em “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja” (Mt 16,18) e em “Tu, por tua vez, confirma teus irmãos” (Lc 22,32).
O homem, sozinho em suas tarefas, afadiga-se em vão: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão labutam seus construtores” (Sl 127). Mas se acolher com boa disposição a Palavra inspirada, receberá abundante ajuda da mão de Deus.
Quanto mais alguém se aproxima de Deus, tanto mais cresce nele a humildade, esse sentimento de sua pequenez, de seu nada e de seus pecados. Quanto mais distante de Deus alguém vive, tanto menos reconhecerá os próprios erros e limitações. Pedro, tão favorecido pela bondade divina, não pensa senão em sua própria insuficiência e condição de pecador que não merece tanta bondade. E então exclama: “Senhor, afaste-se de mim, pois eu sou um pecador!” Mas Jesus, apesar de reconhecer a fraqueza de Simão, confirma-lhe em sua vocação.
Jesus também chama a mim e a você para sermos pescadores de homens! Ele providencia o peixe para nós, porém, necessita das nossas redes a fim de tomar para Ele as almas necessitadas de salvação. Que a nossa pesca seja profícua e não se restrinja somente ao nosso círculo de amizade. Jesus quer que nós sejamos pescadores no Seu Reino e a rede que Ele nos dá é o Seu amor e a Sua Palavra.
Não tenha medo! De agora em diante, você vai pescar gente! É isso que Jesus faz contigo aqui e agora. Não tenha medo! Ele sabe da sua fraqueza, dos seus problemas, mas quer vê-lo pescador de homens, restaurador de famílias, libertador de presos, acolhedor de excluídos e abandonados. Enfim, a dar vida em abundância! Portanto, seja firme e não tenhas medo! Comece desde já! Passe para os seus amigos, suas amigas a experiência que você tem com a Palavra de Deus, com a oração, com a reflexão. Conte para todos o que mudou na sua vida, qual a sua esperança e o que você tem descoberto com a Palavra de Deus. Você tem usado o Amor do Senhor como rede para atrair as pessoas a Ele? Mesmo sem muita vontade,  atende o chamado de Jesus em atenção à Sua Palavra?
“Pai, confirma minha vocação de pescador de pessoas humanas e conduz-me para águas mais profundas onde se encontram os que mais carecem de amor e esperança.” Amém.